Com o regresso das rotinas após as férias, a Royal Canin alerta para a necessidade de reforçar os cuidados alimentares dos animais de companhia. Durante este período, é comum haver desvios nos hábitos — como snacks fora de horas, restos de comida e menor atividade física — que podem parecer inofensivos, mas que têm impacto direto na saúde e contribuem para o aumento de peso.
Estudo revela números preocupantes
O mais recente estudo da Royal Canin, realizado em Portugal com tutores e médicos veterinários, mostra que:
- Cerca de 40% dos cães e gatos têm excesso de peso ou obesidade;
- 43% dos tutores reconhecem a sobrealimentação como a principal causa;
- 49% admitem dar restos de comida aos seus animais, sobretudo por carinho ou por os considerarem parte da família;
- 68% dos médicos veterinários confirmam um aumento da obesidade nos últimos anos.
Apesar da gravidade do problema, 38% dos tutores não reconhecem que exista uma situação preocupante e 30% não seguem os conselhos veterinários.
O papel da informação
A falta de conhecimento continua a ser um entrave:
- 22% dos tutores assumem não compreender o que significa um peso saudável;
- 21% dos veterinários referem que a desinformação prejudica a comunicação com os tutores;
- As principais fontes de informação são os médicos veterinários (66%), mas também as redes sociais (13%) e amigos/familiares (13%).
Diferenças regionais
O estudo revela ainda disparidades significativas:
- No Algarve e na Beira Litoral, mais de 70% dos tutores dão restos de comida aos animais;
- Na Madeira e nos Açores, essa prática é menos comum (cerca de 55%);
- Em cidades como Coimbra e Setúbal, o hábito ultrapassa os 70%, enquanto em Vila Nova de Gaia baixa para 44%.
- Em Lisboa (79%), Gaia (85%) e Setúbal (81%) há maior confiança nos veterinários, ao contrário do Porto e de Coimbra, onde cresce a procura de informação nas redes sociais.
No Alentejo, Beira Alta e Minho, a dificuldade em compreender linguagem científica é uma barreira identificada por cerca de um quarto dos tutores. Já na Estremadura e no Douro Litoral, destaca-se a dificuldade em alinhar toda a família com as recomendações nutricionais.
























