Um caso de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) foi confirmado em Portugal a 14 de agosto de 2024, pela Direção-Geral da Saúde (DGS). O paciente, um homem português de mais de 80 anos, residente no distrito de Bragança, faleceu após ser internado com sintomas inespecíficos. A doença é transmitida por carraças infetadas, especialmente das espécies Hyalomma lusitanicum e Hyalomma marginatum. Não foram identificados outros casos ou contactos sintomáticos. A DGS destaca que o risco para a população é baixo e recomenda medidas preventivas contra picadas de carraças.
Face à deteção deste caso de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) sublinha a importância de adotar medidas de prevenção contra picadas de carraças, especialmente durante atividades em áreas onde o risco de exposição é elevado. As recomendações são:
- Roupas claras: Use roupas de cores claras para facilitar a visualização e remoção de carraças.
- Vestuário adequado: Vista mangas compridas, calças compridas e calçado fechado.
- Repelentes: Considere aplicar repelente de insetos na roupa e produtos com DEET na pele em áreas de risco.
Além disso, ao caminhar no campo:
- Escolha de caminhos: Prefira caminhar pelo centro dos trilhos para evitar o contacto com a vegetação.
- Inspeção após atividades: Verifique a roupa, a pele e o couro cabeludo ao regressar de atividades ao ar livre, removendo eventuais carraças. Se encontrar carraças agarradas, procure serviços de saúde para remoção adequada e esteja atento a sintomas, contactando o SNS24 se necessário.
A DGS alerta para o aumento de casos de FHCC na Europa nos últimos anos, especialmente devido ao aumento das temperaturas, que favorece a multiplicação de carraças. Desde 2013, Espanha registou 16 casos confirmados, incluindo dois em 2024, perto da fronteira com Portugal.