Assinalou-se a 15 de junho o Dia da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa, data instituída em 2006 pela Rede Internacional para a Prevenção do Abuso à Pessoa Idosa. O objetivo foi promover a reflexão pública e institucional sobre uma realidade muitas vezes silenciada: os maus-tratos físicos, psicológicos e até negligência que afetam pessoas em idade avançada, tanto no seio familiar como em contextos institucionais.
Em 2025, o tema escolhido foi “Abordar o abuso de adultos em instalações de cuidados de longa duração: Através de dados e ações”. A campanha internacional alertou para os riscos enfrentados por idosos em lares e outras instituições de cuidados prolongados, onde, apesar da dedicação de muitos profissionais, podem ocorrer situações de desrespeito, abuso ou violação da dignidade.
Embora a maioria da população idosa viva na comunidade, os cuidados institucionais são uma realidade crescente, acompanhando o envelhecimento global. A expansão dessas estruturas levanta novas exigências em matéria de supervisão, qualificação das equipas e defesa dos direitos fundamentais dos residentes.
A Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu oficialmente esta data em 2011, através da Resolução 66/127, reafirmando que a violência contra a pessoa idosa representa uma grave violação dos Direitos Humanos. A ONU lembrou ainda que a discriminação com base na idade — o chamado idadismo — continua presente em muitas sociedades e contribui para a invisibilidade e fragilidade dos mais velhos.
Num mundo onde o número de pessoas com mais de 65 anos está em constante crescimento, especialistas alertaram para a urgência de reforçar políticas públicas de apoio à terceira idade, bem como de sensibilizar toda a sociedade para um envelhecimento digno, seguro e respeitado.