A Amnistia Internacional alertou, na Europa, para os riscos das propostas Omnibus Digital apresentadas pela Comissão Europeia, que podem desmantelar proteções essenciais contra ameaças digitais. Segundo Damini Satija, diretora de Programação da Amnistia Internacional Tech, a pressão desreguladora da União Europeia irá enfraquecer os direitos das pessoas, expondo-as a opressão digital, vigilância ilegal, discriminação na atribuição de benefícios sociais e abusos na aplicação da lei.
Na África do Sul, por ocasião do Dia Mundial do Saneamento, assinalado a 19 de novembro, a Amnistia Internacional voltou a exigir justiça para Unecebo Mboteni, uma criança de três anos que morreu em 2024 após cair numa latrina no jardim de infância que frequentava. A data, instituída pela ONU, visa reforçar a importância do acesso universal a saneamento básico, incluindo água potável, tratamento de esgotos e gestão de resíduos.
Na Arábia Saudita, um novo relatório da Amnistia Internacional expõe uma década de abusos sofridos por trabalhadores migrantes envolvidos no projeto do Metro de Riade. O documento, intitulado “Ninguém quer trabalhar nessas condições”, revela que estes trabalhadores foram forçados a pagar taxas de recrutamento exorbitantes, trabalhar sob calor extremo e receber salários miseráveis, enfrentando exploração sistemática num dos maiores projetos de infraestrutura do país.
Na Tunísia, a Amnistia Internacional denunciou uma mudança perigosa na política migratória, documentada no relatório “Ninguém te ouve quando gritas”. A organização descreve prisões e detenções baseadas em critérios raciais, interceções imprudentes no mar e expulsões coletivas de dezenas de milhares de refugiados e migrantes para a Argélia e a Líbia, alimentadas pela retórica racista de responsáveis públicos.
Em Israel, o Knesset aprovou em primeira leitura uma emenda à Lei Penal que torna obrigatória a pena de morte para condenados por matar cidadãos israelitas por motivos de “racismo ou hostilidade” e com o objetivo de prejudicar o Estado de Israel ou “o renascimento do povo judeu”. Em resposta, Erika Guevara Rosas, da Amnistia Internacional, condenou a medida, afirmando que esta altera a lei de modo a aplicar a pena de morte exclusivamente contra palestinianos.























