Assinala-se hoje, 25 de novembro, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, uma data que lembra uma realidade chocante: uma mulher é assassinada a cada 10 minutos, vítima de violência de género.
A violência contra as mulheres e raparigas continua a ser uma das violações mais graves dos direitos humanos. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), quase uma em cada três mulheres foi vítima de violência física e/ou sexual ao longo da vida.
Em 2023, os números são alarmantes. Mais de 51 100 mulheres perderam a vida, mortas por parceiros ou familiares, encerrando tragicamente ciclos de violência que muitas vezes permanecem ocultos e sem denúncia.
Em Portugal, no 3º trimestre do ano registaram-se 8415 ocorrências participadas às forças de segurança, contra 7738 registadas no 2º trimestre.
O Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA) da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) contabilizou 25 mulheres assassinadas em Portugal, entre o início do ano e 15 de novembro, das quais 20 femicídios, segundo dados preliminares.
O Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres não é apenas uma data no calendário, mas um chamado à ação urgente e contínua para proteger vidas e construir um futuro seguro para todas as mulheres.