A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT, I.P.) vai apoiar 78 entidades culturais não profissionalizadas da região com um montante global de 375 mil euros, no âmbito da 2.ª edição do programa LVT +Cultura.
A cerimónia de formalização dos contratos de atribuição de apoio financeiro teve lugar esta segunda-feira, no Centro de Artes e Criatividade de Torres Vedras, marcando o arranque oficial desta nova fase do programa.
Em 2025, o programa regista um reforço financeiro face ao ano anterior, com mais 75 mil euros do que em 2024, um aumento do número de candidaturas (175, contra 135 no ano passado) e também de entidades apoiadas (78 face às 62 de 2024).
Entre as 78 estruturas apoiadas, 48 recebem este apoio pela primeira vez, o que traduz uma aposta clara na renovação e diversificação do tecido cultural da região. Ao mesmo tempo, mantém-se o compromisso com entidades com atividade regular e reconhecida qualidade.
Para Teresa Almeida, presidente da CCDR LVT, este programa representa “mais do que financiamento: é uma aposta na autonomia, criatividade e sustentabilidade das entidades culturais que operam junto das comunidades”, reforçando também o papel da CCDR como parceiro ativo na definição de políticas públicas com impacto real.
As candidaturas apoiadas distribuem-se por toda a região: 33 da Grande Lisboa, 15 do Oeste, 11 do Médio Tejo, 11 da Península de Setúbal e 8 da Lezíria do Tejo. Os concelhos com mais projetos aprovados são Lisboa (14), Torres Vedras (7), Santarém (5), Caldas da Rainha (5), Mafra (5), Sesimbra (5) e Tomar (4).
Quanto às tipologias de apoio, destacam-se 33 projetos na área da criação/produção, 18 na programação/difusão, 12 na formação/capacitação, 10 na edição e 5 na recém-criada dimensão da comunicação/digitalização.
Em termos disciplinares, as artes performativas lideram com 36 projetos apoiados, seguidas pelo cruzamento disciplinar (22), artes visuais (7), livro e literatura (7) e património cultural imaterial (6).
A presidente da CCDR LVT sublinhou ainda o compromisso da instituição em continuar a “melhorar o programa, ouvir quem está no terreno e adaptar os mecanismos às reais necessidades de quem faz cultura todos os dias — mesmo, e sobretudo, fora dos grandes palcos ou circuitos institucionais”.